quarta-feira, fevereiro 28, 2007

O voto

Já me perguntaram algumas vezes se fui votar no aborto. Tenho de confessar que não, votei no Carmona. Mas parece que também não está a correr bem...

sábado, fevereiro 17, 2007

Realmente, o amor é lindo...


Finalmente hoje consegui ter acesso ao Blogger, depois de estas alminhas se lembrarem de mudar nem sei bem o quê... Por isso, e com atraso, vou publicar hoje o que queria ter publicado no dia 14. Ora cá vai.

Hoje é dia dos Namorados. O amor é lindo e tal e tal, e a rádio já começou a inundar o éter com canções melosas e românticas. A Rádio Comercial hoje de manhã anunciou uma música apaixonada apropriada ao dia, e pimba!, toma lá Phil Collins com o seu velhinho Against All Odds. Nota mental para a RC: Não me parece que uma música que fala de uma despedida e é a banda sonora de um filme sobre um triângulo amoroso seja muito apropriada para este dia, mas... isto sou só eu a dizer...

Soube também mais tarde que, além de ser o dia dedicado ao S. Valentim, é também o dia dos doentes cardio-vasculares e dos que sofrem de disfunção eréctil. Dia complicado, sexualmente falando. Basicamente há quem dê uma queca (se tiver com quem), quem não dê (mesmo que tenha com quem, mas sofra da tal disfunção) e aqueles que dão uma de morte.

Para aqueles que começam as hipóteses do zero, e que não têm namorada para comemorar, vejam a coisa pelo lado positivo. Ficam sem saber se sofrem de disfunção, não correm o risco de que uma sempre aborrecida insuficiência cardíaca vos deixe a coisa a meio, e, além disso, pouparam uns cobres em prendas e jantar... Como veêm, nem tudo é mau.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Grandes quê?

Depois de sermos massacrados com outdoors e anúncios para escolhermos os Grandes Portugueses, chegou a vez de, de uma restrita lista de 10 finalistas de escolha duvidosa, escolher aquele que achamos ser o Top One da pátria Lusa. Resolvi por isso abrir a página da RTP e ver a tal lista e escolher o meu preferido...
No topo temos D. Afonso Henriques. O facto de se ter montado na mãe parece não manchar muito a fama. Assim como assim era a idade média e basicamente a coisa era como os cães... Mas pronto, depois deste episódio o rapaz fundou a pátria. Razão suficiente para ser um grande português? Não me parece... Se estivesse quieto, hoje éramos Espanha e concerteza estaríamos bem melhor... Avancemos.
Álvaro Cunhal. Que dizer? Político como tantos, teve o azar de estar do lado errado da barricada. Passava a vida preso e a levar porrada da PIDE. Bem, votar nele só porque era um coitadinho nas mãos da ditadura, também não é razão. Não, ainda não vai ser neste o meu voto...
Passando à frente, temos Salazar. As pessoas que me conhecem acharão que o meu voto recairá neste homem. Não estarão totalmente errados. Gostaria de ter visto a Exposição do Mundo Português de 1940, gosto de quase tudo o que tenha a ver com a vida social, politica e até urbanística do Estado Novo, mas alguém que diz que Angola é, e será sempre, uma província de Portugal não pode estar nas suas faculdades mentais. Para que é que nós queremos Angola, se já cá temos os pretos, que são, sem dúvida, o pior que Angola tem? Ainda não vai ser neste.
Aristides de Sousa Mendes passo à frente. É demasiado humanista para meu gosto, e não vou escolher um tipo porque teve uma actuação brilhante em determinado ano da sua vida. Aliás, também o João Pinto teve aquela noite memorável dos 6 a 3 ao Sporting, e isso não faz dele um grande português. A não ser o facto de ter dado a volta à Marisa Cruz, mas também não vamos por aí...
Fernando Pessoa. Ora aqui está o exemplo do bom português. Para conseguir entrar na lista, este gajo desdobra-se numa infindável lista de heterónimos. Concorre com vários nomes, algum tem de sair. Por este esquema da falcatrua, até merecia ganhar, mas isto é uma votação séria.
Infante D. Henrique. Sim, grande navegador e tal, mas aqueles longos meses no mar fizeram-lhe mal à libido. Não estão à espera que o Grande Português seja maricas, pois não??
D. João II. Sem sombra de dúvida um portugês típico. Tudo o que foi feito na sua época, não foi ele que fez, mandou fazer. O belo exemplo do chamado mestre de obras.
Camões. Palavras para quê? Foi ele que fez os Lusíadas. Aliás, além dos Lusíadas muito pouco de jeito se conhece. Fez um livro de sucesso como aqueles grupos que só editam um álbum. Pudera, tem intriga, sexo e viagens. Também o livro da Carolina, e isso não faz dela uma Grande Portuguesa.
Sebastião de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e Marquês de Pombal. Embora esteja agora perto de Sintra, em terras que outrora foram dele, este homem é género Dr. Jeckyll e Mr. Hyde. Tanto se lhe dá para reconstruir uma cidade, como mandar assassinar uma familía inteira. Vamos eleger um tipo que não sabe o que quer? Bem, já uma vez elegemos o Guterres e deu asneira. Passemos ao último.
Vasco da Gama, navegador. Tipo teimoso, achou que descobria o caminho marítimo para a India. Conseguiu o feito em 1498. E pronto, ficou-se. Já tem uma ponte, uma torre, um shopping e uma estação do metro do Porto com o nome dele...
Bem, acabou a lista e continuo sem saber em quem votar. Ouvi por aí que há um blog com uma lista dos Piores Portugueses. Vou ver se a escolha é mais fácil. E mesmo assim duvido. Se há coisa de que nos podemos orgulhar, é daquilo que fazemos mal, fazemos mesmo muito mal. Vou espreitar...