segunda-feira, janeiro 03, 2011

Carta

On the first page of our story, the future seems so bright. And this thing turned out so evil, I don’t know why I’m still surprised.

3h22... Acabei o livro. Ao ler a frase que tantas vezes mencionaste caiu-me uma lágrima pela cara abaixo. Depois li o que escreveste... O livro é triste, mexe com o íntimo. Mexe também porque te tem matado. Porque me sinto mal com tudo isto, porque quero mudar o que sentes e não posso. Não consigo. Eu amo-te, tu sabes, e é muito difícil para mim saber como estás ou o que sentes. Sempre me habituei a ter-te desse lado. Habituei-me a ter-te longe, ansiando pela tua presença, nunca pensando que no fim de contas nos afastasse tanto. Se antes estavas longe, passaste a estar inatingível. Sei que te fiz mal, sei que a mentira nunca fez bem a relações, mesmo aquelas que se baseam numa ilusão. Perdemos uma oportunidade. Sei que a perdi, não tenho razões ou justificações por muito que as peças ou que eu as tente encontrar. Não temos Paris, não tens recordações. Tens fantasmas, mágoas, e quem sabe, ódios. Não sei verdadeiramente o que quero de ti, mas sei que preciso de ti. Ainda que não esteja numa posição de pedir porque originei tudo, por favor nunca me deixes.
E sim, a vida é simples e fácil de perder. Mas o amor também. E é quando se perde o amor de alguém que o torna fodido...