O maravilhoso mundo Disney

No outro dia a minha mulher deu a ideia de irmos um dia à Eurodisney, ou Disneyland Paris ou lá como se chama, porque até são umas férias diferentes para se ir em família. Até é, claro que os adultos até acham mais graça àquilo que a criançada, mas pronto, isso agora, como diria a outra, não interessa nada.

Isto das férias em família pôs-me a pensar no contra senso de ir à Disneyland, qualquer que ela seja. Uma família de visita ao parque do mundo Disney. Ou melhor, do mundo das famílias monoparentais que atravessam o tempo. Até podem achar esta afirmação estranha, mas já repararam na essência da mensagem dos filmes da Disney? Claro que além dos valores normais da amizade, honestidade e outras lamechices tais, porque é que dão esses senhores tanta importância às famílias monoparentais? Não estão a ver o filme? Ora encostem-se lá, e façam pouco barulho a comer as pipocas...

Alguém se lembra de ter visto a mãe da Pocahontas? E Ariel, é filha do Rei Neptuno e de mais quem? O Nemo, que além de ser um peixe deficiente, com uma barbatana mais pequena que outra, vive só com o pai. Até podem dizer que o Simba tem os dois, não fosse a história girar em torno... da morte do pai. Cinderela, Branca de Neve... Até em filmes mais modernos como por exemplo Toy Story, alguém se lembra de ver o pai do Andy? Com quem mora Lilo? Quem é a mãe do Chicken Little? E o Pinóquio, o mais parecido que tem de um pai, é o Gepetto... Até todas aquelas personagens dos livros de BD não têm pais. São todos sobrinhos e primos, mas estranhamente não há irmãos. Ou seja, o Donald é tio de três patos, que nem sequer sabemos se são irmãos, e se são sobrinhos, não haveria de haver um irmão do Donald? Não. Há um Tio Patinhas, um primo sortudo, mas nada de irmãos. Lá mais para a frente apareceu o filho do Pateta. Mas lá está, filho sem mãe. Diz-se que o Pluto é filho da Pluta. Mas até isso são só rumores...