Os mistérios da Fé
Nunca vos aconteceu terem pena de qualquer coisa? Por exemplo, as sardinhas que cheiram tão bem, mas que não gostam? Um pratinho de túbaros ou de moelas que até nem tem mau aspecto, mas só o pensar em comer tomates ou estomâgos já vos faz virar os vossos? Eu confesso que me incluo no primeiro exemplo...
Quem me conhece sabe que também não sou um homem de fé, ou pelo menos de muita. Se calhar porque nunca necessitei desse apoio ou porque talvez a racionalidade de pensamento se sobrepõe, o que é certo é que sempre me identifiquei como algém que teve uma educação católica, que sabe o que há para saber, mas que duvida que alguém estala os dedos e, literalmente, faz o mundo. Como qualquer mortal, já visitei igrejas, mosteiros, catedrais e afins, maiores ou mais pequenas, bonitas ou mais feias, e sim, já fui a Fátima.
E perguntam vocês onde é que este gajo quer chegar? Ora pois caros amigos, exactamente a Paris. Não Paris, Texas, mas sim Paris, França. No espaço delimitado pelo Sena, as Places Jean XXIII e du Parvis e pela Rue du Cloître, fica o mais extraordinário local de culto católico que já alguma vez visitei: Notre Dame de Paris...
Não me perguntem a razão, e se calhar muitos de vós já a visitaram, mas aquele local é de uma grandiosidade e de uma magnânima espiritualidade tal que, enquanto a percorria, consegui abstrair-me da horde de turistas que palmilhava cada centímetro, e pela primeira vez na vida tive pena de não ser um homem de fé, tive pena de não poder retribuir ou receber aquela espiritualidade de uma maneira mais forte ou sentida. Pode vos parecer um sentimentalismo bacoco, ou qualquer outro nome que lhe queiram dar, mas foi essa sensação que tive ao visitar Nossa Senhora de Paris. Pode ser que que lá volte daqui a uns anos, e aí sim, possa então retribuir...
Antes que perguntem, era hora de almoço e não vi o Quasimodo, mas mesmo assim a música do filme da Disney não me saiu da cabeça. Para quem não conhece aqui fica, não a cantada durante o filme, mas a que faz parte dos créditos finais, na voz de Sara Tavares. Obviamente, e porque tenho uma imagem a manter, nem sequer vou dissertar sobre a música e de que modo me afecta.
4 Comments:
Olá!
Finalmente um post...
Nunca lá fui a Paris. Gostava muito. Quem sabe daqui a uns anos... Em relação ao post propriamente dito, é pena só teres sentido essa "fé", essa "espiritualidade" ao visitares uma catedral... A vida é fenomenal quando sabemos que temos um grande Deus a interceder por nós. E senti-lo em todos os dias da nossa vida sem ter necessidade de ir tão longe...
Um beijo
Bem, eu tal como tu nao acredito nas doutrinas religiosas, apesar de respeitar a fé de cada um, apenas como cada qual pensa por si, ou assim deveria ser, eu nao consigo acreditar, e uma delas é exactamente em relaçao as profecias feitas por Deus, ou que se é capaz de fazer milagres. Acredito que cada um de nós pode ter fé, mas nas suas capacidades e atraves da sua força de vontade chegar e concretizar aquilo a que se propoe.
Mas tal como tu, tb ja visitei muitas catedrais, igrejas, mosteiros, capelas,and so on... e a grandiosidade de certos edificios deixa-nos maravilhados. Pode ser que um dia tenha oportunidade de visitar a Notre Dame.
Mas sei ao que te referes quando dizes que sentiste uma espiritualidade, algo que nao sabes identificar...
Beijo.
Epáaaa tb voltas-te (eu ainda não tenho a certeza) boa boa :D!!!
Quanto ao post, sou católica não particante. Mas a «believer»...
Adoro esses espaços de «espiritualidade»...Notre Dame ainda não conheço...mas talvez em breve tenha essa alegria :)
Beijinhos Nandito e bem revoltado
(os beijinhos são recatados está claro)
Fernando voltei...tive a ouvir a musica.
Ok eu até gosto e faz-me chorar e tudo...os desenhos e o quasimondo...e a catedral..,
Tu tb choras??? com o quasimondo???
Epa estou deslumbrada :D ehehe
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