domingo, fevereiro 03, 2008

O Dia sem Dia.

Confusos com o título do post? Não estejam porque a explicação vem já de seguida. Devia haver um Dia sem Dia, ou então um Dia para os que não têm Dia... Um dia destes calhou em conversa a parafernália de dias para comemorar qualquer coisa, aproxima-se o dia dos Namorados e a conversa mantém-se actual.
A quem dão prendas os que não têm namorados? Por exemplo, os casados? Dão prendas a quem? Aos amantes? Não pode ser, não existe o dia dos amantes e muito menos dos solteiros, enjeitados ou mal casados... Para quê comemorar os Dia dos Avós? Ora, eu posso estar enganado, mas se são avós, é porque em determinada altura da vida foram pais, e para isso já têm os respectivos dias da Mãe e do Pai, não vale a pena invocar a estatuto da idade para poder açambarcar mais meia dúzia de prendas, dependendo, obviamente da capacidade de fértil fornicação dos seus descendentes.
Chegados ao dias do Pai e da Mãe, lá nos estamos a esquecer dos orfãos ou dos que, graças à fantástica justiça portuguesa (para quem não a conhece é aquela gaja com uma balança na mão e uma venda que a impede de ver que tem uma mama de fora), andam entre pais afectivos e pais biológicos. Ok, existe o dia do Pai. Importam-se de especificar? Biológico ou afectivo? Lamento desapontar todos aqueles que dão prendas ao pai no dia 19 de Março, mas estão todos errados. Sendo o dia do Pai consagrado a S. José, ora este era marido de Maria, mãe de Jesus, mas era o pai afectivo, porque sempre se disse que Cristo é filho de Deus, logo o 19 de Março é dia do Pai, mas afectivo...
Chegamos com isto a mais uma injustiça. E os filhos? Prendinhas no dia do Pai, mas para os filhos, não há nada para ninguém. O mais parecido será o dia da Criança. Eu tenho 36 anos, gosto de prendas e já não sou nenhuma criança... Tá mal!
Claro que esta celeuma daria pano para mangas, claro que toda a gente quer igualdade, mas se tal fosse possível também haveria uma dia dedicado ao Homem para fazer justiça com o que se comemora a 8 de Março, por isso o ideal seria não haver dias de rigorosamente nada. Não deveria haver dias que nos obrigassem a qualquer coisa, poderíamos dar flores a uma mulher sempre que nos apetecer. Bem, sempre que nos apetecer também não é bem assim... Lá diz o ditado, sempre que um homem oferece flores sem razão, é porque há uma razão. Será verdade?...

4 Comments:

At 11:06 da tarde, Blogger Dr Puto said...

básicamente "toutastranhar" o "nãobloganço" sobre o mais mediático funeral de dois marginais (ou deverei dizer pseudo-marginais) desde pablo escobar
:-)

 
At 9:42 da tarde, Blogger Pluma(PrincesaVirtual) said...

Ainda estou tonta com este post...retive a ultima frase e resolvi completá-la convenientemente:

«Quando um homem ofereçe flores sem qq razão é porque fez «cócó» (para não utilizar a outra palavra grosseira) :D

 
At 9:31 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Acho bem! O dias sem dia! Soa profundo. Quando alguém perguntasse: "hoje é dia de quê?" logo viria a resposta "hoje não é dia!"
Subscrevo a petição

 
At 10:48 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Nao deveria haver dias comemorativos, seria mais engraçado surpreender quem gostamos quando quisessemos,mas por outro lado de vez em quando tambem nos relembra que essas pessoas existem quando diariamente nos esquecemos delas. E nao digas que isso nunca te aconteceu!

Beijo.

www.memoriasecretas.blogs.sapo.pt

 

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